sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A Pequena Notável está de volta

Não, não estamos falando de Carmen Miranda, a cantora que era assim conhecida. Estamos falando da Romiseta,primeiro veículo fabricado em série no Brasil e que foi moda e sonho de consumo nos finais dos anos 50. A publicação Auto Express anunciou que a BMW está considerando o retorno da Romiseta com a adaptação da porta frontal (onde ficava o volante) para duas portas laterais. O pequeno motor traseiro de 200 cc permaneceria.As quatro rodas distanciados uma das outras por 25 cm, também.

O pequeno carro idealizado pelo emigrante italiano, Américo Emílio Romi, fabricante de máquinas agrícolas, utilizando o motor Isetta, foi montado no Brasil em Santa Bárbara d'Oeste, interior de São Paulo em 1956. Apesar de minúsculo e ser chamado de "ovo móvel" ou "lambreta grávida", atingia 85 km por hora e consumia um litro de gasolina a cada 25 km.

Em 1959, a indústria passou a ter problemas financeiros, motivados por pressões do Grupo Executivo da Indústria Automobilística (Geia), órgão governamental influenciado pelas multinacionais que estabeleceu um padrão de, no mínimo, dois bancos e duas portas para os carros. Não sendo considerado um veículo, a Romiseta deixou de ter os incentivos do governo. Sua fabricação foi encerrada em 1959, embora algumas unidades tenham sido produzidas até 1961. No total foram fabricadas 3.000 unidades no Brasil, entre 1956 e 1961.

Hoje as Romisetas são peça de colecionador, disputadas entre "tapas e beijos" nas feiras de automóveis. A Fundação Romi conserva a história do veículo e suas imagens. Informações podem ser obtidas nos sites http://www.fundacaoromi.org.br/ e www.romiseta.com.br, criados pela Fundação Romi e admiradores.

A recuperação de ícones automobilistícos do passado está na moda na Europa com a ampla comercialização dos "Fiat 500" e os "Austin Mini" a preços altíssimos.
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