sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A perfect lie

Por Alexandre Felice

Na visão de alguns, o desejo de encontrar a pessoa certa para se relacionar, compartilhar e viver algo em comum, configura-se num pensamento cafona, fora de moda, ultrapassado, insano... Quase utópico de acontecer na era da Modernidade.

Já para outras um pouco mais convictas e esperançosas sobre esta questão, isto é a uma necessidade intensa, profunda e inquestionável. Representa uma das premissas básicas de sobrevivência a qual faz a vida impulsionar, revitalizar as forças, ganhar cores e sentidos, jamais possíveis de serem explicados.





É sentir uma das emoções mais latentes que um ser humano pode adquirir na vida. É estar condicionado a uma magia que não tem antídoto.

No entanto, contrapondo este pensamento, os descrentes justificam essa situação com base na argumentação de que se envolver custa muito caro, pois é um caminho de ida sem volta.


A razão, na maioria das ocasiões, perde clareza, acaba evaporando de uma maneira volátil, sem explicação, e dá espaço - somente - para emoção. O lado psicológico se torna vulnerável demais e o controle que antes era contido, comedido e calculado... Fica totalmente indomável.



Isto nos permite chegar à idéia ou, talvez... um entendimento, de que estamos presos a uma cadeia de barreiras, redomas e correntes em função do nosso egoísmo, complexo de narciso e padrões culturais? (Creio que sim...)

Por isso, o enamorar-se, dentro das perspectivas destes descrentes de sentimento de amor, equivale um ato suicida a nossa imagem. Basta, lembrarmos que na atual conjuntura: é inaceitável - em hipótese alguma – emergir a possibilidade de sofrimento desencadeada pelo outro.

Mas não somente isto, a própria pré-disposição em conceder e tolerar, já revela as dificuldades que temos de nos relacionar. Não queremos ser mais feridos ou machucados. A ilusão e a frustração, algo difícil de lidar, ficam como objetos guardados no fundo da gaveta, que procuramos não usar.


O fato é: os relacionamentos hoje em dia (se não foi sempre assim) são para quem realmente está disposto a viver a chance do erro ou do acerto, num tempo em que as coisas acontecem tudo muito rápido. Se o resultado será positivo ou não, teremos que apostar para conferir!






3 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

"O fato é: os relacionamentos hoje em dia são para quem realmente está disposto a viver a chance do erro ou do acerto. Se o resultado será positivo teremos que apostar para conferir..."

Não concordo com seu últimoparagrafo. Aliás, não concordo com muitas outras coisas (talvez eu seja uma das poucas sortudas otimistas...rs)

Me refiro a esse ultimo paragrafo racionalmente: acho que os relacionamentos foram sempre encarados dessa foram ambigua - erro e acerto - por mais que as pessoas não se tocavam disso...

Se não, o que justificaria a infelicidade num casamento a moda antiga, por conveniência, onde o marido ficava com a esposa pra ter com quem contar para criar os filhos e fazer comida e, por sua vez, a esposa contava com o marido, para colocar comida em casa e trazer dinheiro????

Unknown disse...

chaaaaaaaaaar,
o que seria desse blog sem vc, hein? hehehehehe
love you!